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Atitude de filho de Bolsonaro com Michelle é revelada e chama atenção nas redes sociais

Atitude de filho de Bolsonaro com Michelle é revelada e chama atenção nas redes sociais

Em meio ao turbilhão político que se formou após a prisão preventiva de Jair Bolsonaro, um detalhe chamou atenção nos bastidores: a movimentação da própria família do ex-presidente. Na última segunda-feira (24), Michelle Bolsonaro e os filhos do ex-chefe do Executivo se reuniram na sede nacional do Partido Liberal, em Brasília. O encontro, que já estava cercado de tensão por causa das últimas decisões do STF, acabou revelando algumas cenas inesperadas — especialmente envolvendo Michelle e Carlos Bolsonaro.

Segundo informações divulgadas pelo jornal O Globo, Carlos, que por muito tempo foi apontado como desafeto direto da ex-primeira-dama, acabou protagonizando um gesto raro. Durante o encontro, Michelle teria tido uma crise de choro, algo que não chega a surpreender, dadas as circunstâncias — o país acompanhava ao vivo praticamente cada passo do caso, com análises fervendo nas redes sociais desde o amanhecer. Foi nesse momento que o vereador carioca se aproximou dela e a amparou, num ato que muitos enxergaram como um sinal de reconciliação.

Carlos, conhecido pelo temperamento mais explosivo e por sempre usar o X (antigo Twitter) como campo de batalha, ainda teria dito aos presentes que “não sabe de onde ela tira tanta força” para atravessar o que ele chamou de “tempestade”. Para quem acompanha a política de perto, ver esse tipo de declaração pública já seria raro; fazê-lo numa reunião interna, e diante de pessoas próximas ao núcleo duro do PL, acabou repercutindo ainda mais. Muita gente dentro do partido comentou que esse gesto pode ser um divisor de águas no relacionamento familiar, que nos últimos anos foi marcado por desentendimentos e pequenos atritos — especialmente depois de Michelle assumir um protagonismo maior na direita.

Mas não parou por aí. Em outro momento da reunião, Carlos Bolsonaro elogiou o deputado Nikolas Ferreira, chamando o parlamentar mineiro de “voz consistente” na defesa do pai. Nikolas, que se tornou uma das figuras mais populares da direita nas redes, vinha sendo criticado por Eduardo Bolsonaro, que reclamava da suposta ausência dele na linha de frente contra as acusações envolvendo o ex-presidente. Esse histórico de divergências tornou o elogio de Carlos ainda mais inesperado. Quem estava na sala comentou que o clima ficou meio confuso, porque ninguém esperava que justamente ele fosse defender Nikolas.

Se por um lado Michelle recebeu apoio de Carlos, por outro ela demonstrou incômodo com a postura de Flávio Bolsonaro, o filho mais velho. Ainda segundo O Globo, a ex-primeira-dama não gostou de ter sido deixada de fora das decisões sobre quem deveria falar publicamente pela família enquanto Bolsonaro estava sendo levado para cumprir a determinação judicial. Flávio, que se posicionou como porta-voz do pai, acabou tomando decisões que Michelle acreditava que deveriam ter sido combinadas previamente.

Esse desconforto se somou ao fato de que uma das razões citadas pelo STF para determinar a prisão preventiva foi justamente a convocação, feita por Flávio, de uma vigília de apoiadores na porta do condomínio onde Bolsonaro mora. A atitude, segundo o ministro Alexandre de Moraes, poderia facilitar uma eventual tentativa de fuga. Dias depois, a população também acompanhou a confusão envolvendo a tornozeleira eletrônica, já que Bolsonaro teria desrespeitado regras de monitoramento — episódio que acabou servindo como estopim para a decisão final da Polícia Federal.

Com todos esses elementos, o encontro no PL acabou revelando muito mais do que simples solidariedade familiar. Mostrou um núcleo dividido, sensibilizado e tentando recalibrar estratégias políticas num momento em que cada passo da família Bolsonaro vira notícia em tempo real.

 

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