Após Donald Trump afirmar que não precisa do Brasil, Governo Lula não fica calado e reage

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Membros do governo do presidente Lula não deram muita atenção às declarações do novo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que disse que os EUA não precisam do Brasil. A reação do governo brasileiro foi mais comedida, com uma postura de esperar para ver o que acontece antes de mudar qualquer discurso ou atitude.

A embaixadora Maria Laura da Rocha, que é a secretária-geral do Ministério das Relações Exteriores, comentou sobre o assunto dizendo que o Brasil vai observar o que Trump faz enquanto presidente. Segundo ela, a prioridade será focar no que pode unir os dois países e não no que pode separar.

Ela ainda falou que o Brasil vai tentar trabalhar pelas convergências, ou seja, tentar achar pontos em comum com os Estados Unidos para que a relação entre os dois países seja boa. “Ele pode falar o que ele quiser, ele é presidente eleito dos EUA. Vamos analisar cada passo do governo, mas como somos um povo com fé na vida, vamos procurar apoiar e trabalhar não as divergências, mas as convergências, que são muitas”, foi o que ela disse na coletiva de imprensa depois de participar do evento da COP30 no Palácio do Planalto.

Trump, logo após assumir a presidência, fez declarações polêmicas sobre a relação dos Estados Unidos com o Brasil e com outros países da América Latina. Para ele, os EUA não precisam de nenhum apoio desses países, mas, sim, eles que precisam dos EUA. Ele chegou até a afirmar que “não precisamos deles, e o mundo todo precisa de nós”, sem rodeios. Deu a entender, assim, que os Estados Unidos têm um papel tão importante no mundo que podem até dispensar a parceria com outros países, como o Brasil.

Essa fala de Trump gerou bastante repercussão no Brasil, e muitos ficaram preocupados com a forma como ele estava se colocando, como se o Brasil fosse irrelevante para os EUA. No entanto, o governo brasileiro prefere adotar uma postura mais tranquila, sem entrar em atritos logo de cara. A estratégia parece ser não se deixar levar por essas palavras e, ao invés disso, focar em construir uma relação mais pragmática e que seja vantajosa para os dois lados.

O Brasil tem questões de interesse comum com os Estados Unidos, principalmente no campo econômico e nas questões ambientais, por exemplo. Mesmo com as declarações de Trump, a ideia do governo brasileiro é tentar buscar esses pontos positivos e deixar de lado os conflitos. O que o Brasil não quer é entrar em uma disputa desnecessária com um país tão importante.

É claro que essa atitude pode ser vista de diferentes formas. Alguns defendem que o Brasil deveria reagir mais fortemente às palavras de Trump, enquanto outros acham que essa postura mais calma é a mais inteligente, já que, no fim das contas, os dois países têm muito a ganhar ao manter um bom relacionamento. Afinal, não é de hoje que os EUA têm uma grande influência nas questões políticas e econômicas globais.

Enfim, as coisas estão bem no início e é difícil saber como essa relação entre o governo Lula e a presidência de Trump vai se desenvolver. Por enquanto, o Brasil segue com uma postura cautelosa, sem querer criar polêmicas, mas com a intenção de buscar os caminhos para fortalecer as parcerias que realmente importam. Resta agora esperar para ver os próximos capítulos dessa relação entre os dois países.

 

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