Na manhã dessa segunda-feira o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não se sentiu bem e acabou sendo levado ao hospital Sírio-Libanês, em Brasília. O motivo? Um mal-estar que, depois de alguns exames, foi diagnosticado como labirintite. Segundo informações repassadas pela equipe médica, Lula apresentou um quadro de vertigem, algo comum em quem sofre desse tipo de distúrbio.
O boletim médico divulgado mais tarde confirmou o diagnóstico. Felizmente, não foi nada grave. O presidente já está de volta ao Palácio da Alvorada e deve ficar em repouso durante o resto do dia. Por ora, nada de agendas oficiais nem compromissos políticos.
Essa não é a primeira vez que Lula precisa de atenção médica esse ano. Em janeiro, por exemplo, ele passou por exames de imagem na cabeça, isso tudo como parte do acompanhamento após um acidente doméstico que sofreu lá em outubro de 2024. Na época, o caso também gerou certa preocupação, mas foi bem controlado pelos médicos.
Quem está cuidando da saúde do presidente são os médicos Roberto Kalil Filho, bastante conhecido por já ter atendido outros chefes de Estado, e a dra. Ana Helena Germoglio. A dupla está à frente da equipe responsável pelo acompanhamento clínico dele e segue monitorando qualquer sintoma ou alteração no quadro.
A agenda de Lula para esta segunda estava relativamente movimentada. Ele teria reuniões marcadas com três ministros: Fernando Haddad, da Fazenda; Luciana Santos, da Ciência, Tecnologia e Inovação; e Esther Dweck, responsável pela pasta da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos. Todos esses encontros foram suspensos por orientação médica.
Apesar do susto, a expectativa é que o presidente retome os compromissos oficiais nos próximos dias. Inclusive, está prevista sua participação na cerimônia de comemoração do Dia do Diplomata, marcada para amanhã, no Palácio do Itamaraty. No entanto, a confirmação dessa presença vai depender da recuperação nas próximas horas.
A labirintite, embora não seja uma condição grave na maioria dos casos, pode atrapalhar bastante o dia a dia de quem sofre com ela. Tontura, enjoo, e até dificuldade pra manter o equilíbrio são sintomas comuns. Ainda mais complicado quando se trata de alguém com uma rotina intensa, como a de um presidente da República.
O episódio de hoje gerou certa movimentação nas redes sociais, como era de se esperar. Muitos apoiadores desejaram melhoras ao presidente, enquanto outros usaram a situação pra levantar críticas e questionamentos sobre sua saúde em meio à pressão do cargo. Tem sido comum, infelizmente, a politização de qualquer evento relacionado à saúde de figuras públicas.
Em meio a isso tudo, o cenário político segue agitado. Com a economia no foco, o governo tem tentado aprovar medidas importantes, como as reformas tributárias e pautas voltadas à modernização do serviço público. Por isso, cada ausência de Lula nas discussões acaba sendo sentida — e muito.
Mesmo com os percalços, Lula, aos 79 anos, mostra resiliência. Ainda que o corpo às vezes peça pausa, o petista já demonstrou mais de uma vez que pretende seguir firme no comando do país. A recomendação médica agora é repouso, mas a expectativa é que, em breve, ele esteja de volta aos compromissos, com a energia que seus aliados tanto destacam.
Por enquanto, o foco é a saúde. E, como se diz por aí, política se faz com o pé no chão — ou, no caso, às vezes deitado mesmo, mas com o olho aberto no que tá acontecendo.
