Atriz da Globo previu própria morte Em Navio
Atriz da Globo previu própria morte no navio Bateau Mouche
Aos 52 anos, Yara Amaral foi uma das 55 vítimas do naufrágio que abalou o Rio de Janeiro na passagem de 1988 para 1989
A série “Bateau Mouche: Naufrágio da Justiça”, que teve seu segundo capítulo liberado nesta terça-feira (25) na Max, reconstrói os momentos finais das 55 vítimas da tragédia que marcou o Réveillon de 1988 para 1989 no Brasil, dentre elas a atriz da Globo Yara Amaral que, segundo familiares, previu a própria no navio que foi chamado de ‘Titanic brasileiro’.
Yara Amaral, que tinha 52 anos na época, estava no auge de sua carreira artística, com grandes sucessos no currículo, como “Dancin’ Days” (1978), “Cambalacho” (1986) e “Anos Dourados” (1986) e “Fera Radical” (1988), seu último trabalho.
A artista já havia adiada o passeio por três anos, mas decidiu embarcar em 1988 com a mãe, Elisa Gomes, que na época tinha 73 anos, e o casal Dirce e Silvio Grotkowski, donos da empresa de cosméticos Payot. Além de Yara, Elisa também morreu no naufrágio, enquanto Dirce e Silvio sobreviveram.
Já os filhos da atriz, João Mário e Bernardo, com 13 e 15 na época, quase embarcaram, mas trocaram o navio por uma festa na casa de amigos. Foram os dois, incluisve, que testemunharam o presságio de Yara Amaral sobre a própria morte.
Na ocasião, durante um almoço em família, os dois fizeram uma brincadeira com o fato de Yara Amaral não saber nadar, e ela revelou que tinha um sonho recorrente com uma morte na água: “Desde pequena, eu sempre tive a impressão de que um dia uma onda me levaria”.
Yara Amaral morreu em um acidente aquático, mas, de acordo com sua sobrinha, Larize Ferreira Amaral, a causa não foi afogamento, e sim um ataque cardíaco.
“Quando ela foi ao banheiro e viu a água subindo no vaso sanitário, ela sofreu um ataque cardíaco. Na verdade, ela não morreu afogada, ela teve um infarto só de ver a água entrando no barco”, contou Larize ao Splash, do UOL. Ela explicou que o corpo da tia não estava inchado pela ingestão de água como o de Elisa Gomes: “Meu pai teve que reconhecer o corpo de minha avó, que estava muito inchado”.