O republicano Donald Trump tá de volta como presidente dos Estados Unidos. Pois é, pela segunda vez ele foi eleito, depois da votação dessa terça-feira (5). Quem trouxe a notícia foi o site The Hill, que citou umas projeções já bem confiáveis.
De acordo com a última atualização dos resultados da eleição de 2024, que saiu na madrugada de quarta-feira (6), Trump passou dos tão falados 270 votos eleitorais no colégio eleitoral, que é o mínimo pra garantir a vitória. Enquanto isso, Harris, sua oponente, conseguiu 213 votos. Em termos de votos populares, a diferença foi considerável: Trump teve 66.104.053 votos contra 61.351.640 da Harris.
A vitória de Trump foi projetada pelo Decision Desk HQ, uma organização lá dos Estados Unidos que manja muito de contagem e análise de eleições em tempo real. O próprio perfil deles no X (antigo Twitter) foi quem anunciou: “O Decision Desk HQ projeta que o ex-presidente Donald Trump (R) conquistou votos eleitorais suficientes para vencer a Presidência.” Uma frase simples e direta, mas que diz muito sobre o que tá por vir.
Além do Decision Desk HQ, a Fox News também jogou a favor de Trump e projetou a vitória dele com 277 votos no colégio eleitoral, ou seja, passou tranquilo dos 270. E o que esse resultado mostra? Que a direita, principalmente a extrema-direita, ainda tem muita força em várias regiões dos Estados Unidos. Trump conseguiu aumentar o apoio em relação a 2020, tanto nas áreas rurais, que já eram mais alinhadas a ele, quanto em algumas cidades maiores.
Engraçado como, se a gente parar pra pensar, depois daquele episódio tenso de 6 de janeiro de 2021 – o tal da invasão do Capitólio –, muita gente achou que Trump tinha dado adeus à política pra sempre. Mas o cara deu a volta por cima. A eleição tinha uma chance quase 50-50 de dar pra ele ou pra Harris, e ele conseguiu virar o jogo. Parece até cena de filme, mas é vida real.
De acordo com pesquisas de boca de urna feitas pela Edison, Trump se deu bem principalmente com a galera hispânica, que historicamente costuma votar nos democratas. Outro grupo que parece ter dado um voto de confiança pra ele foi o pessoal de baixa renda, que tá sentindo o peso da inflação e da alta dos preços nos últimos anos. Essas mudanças mostram como o apoio ao Trump vem de setores que, em teoria, não eram seus eleitores mais fiéis antes.
E, claro, a vitória de Trump teve reação internacional. O presidente de El Salvador, Nayib Bukele, foi um dos primeiros a parabenizar o republicano. Ele foi lá no X e mandou: “Parabéns ao Presidente Eleito dos Estados Unidos da América… [Donald Trump].” Simples e direto, mas já mostrando que vai haver uma aproximação ali. Outro líder que não perdeu tempo foi Viktor Orbán, primeiro-ministro da Hungria, que mostrou entusiasmo com o resultado. Ele até escreveu nas redes sociais: “A caminho de uma grande vitória.” Orbán, que já tem uma visão política parecida com a de Trump, parecia estar só esperando essa chance pra dar um apoio moral.
Essa eleição mostrou como os Estados Unidos ainda estão divididos. Enquanto uma parte do país aposta em Trump como solução pros problemas econômicos e de segurança, outra parte ainda vê nele uma figura polêmica e até perigosa pra democracia. Mas, pelo visto, a maioria quis dar a ele mais uma chance. A política americana tá sempre mudando e, com Trump de volta, é provável que a gente veja mais umas reviravoltas, acordos inesperados e um cenário de bastante tensão nos próximos anos.
Agora é esperar pra ver o que esse segundo mandato do Trump vai trazer. Se vai ser diferente ou não, só o tempo vai dizer.
