O Ex-Ator Bolsonarista Mario Frias detona Fernanda Torres, minimiza a vitória dela e massacra políticos
O deputado Mario Frias (PL-SP) gerou uma baita polêmica ao se manifestar sobre a vitória de Fernanda Torres no Globo de Ouro. A atriz levou o prêmio de “Melhor Atriz em Filme de Drama” na madrugada de segunda-feira, dia 6 de janeiro. Mas o que causou mais repercussão mesmo foram as críticas do deputado, que não atacaram só a atriz, mas também políticos de direita que parabenizaram Fernanda pela conquista. Frias fez questão de destacar que a vitória de Torres era uma “autopromoção da elite artística global” e chamou atenção para a maneira como a política e a cultura estão sempre se misturando de forma polêmica.
Nas redes sociais, mais precisamente no X (ex-Twitter), Mario Frias disparou contra o filme “Ainda Estou Aqui”, que foi dirigido por Walter Salles e tem Fernanda no elenco. O longa, que é baseado na história de Eunice Paiva – esposa do ex-deputado Rubens Paiva, que foi assassinado durante a ditadura militar – não agradou nada o deputado. Segundo ele, o filme é “uma peça de ficção e desinformação da esquerda brasileira”. Ou seja, Frias não poupou palavras para criticar a obra. Ele foi mais além e afirmou que o longa busca “distrair o imaginário popular” com uma ditadura “inexistente”. Na visão dele, a verdadeira ditadura está sendo defendida pelos mesmos que apoiam o filme, o que gerou uma série de discussões e reações.
O que também pegou mal para Frias foi o fato de ele atacar não apenas o filme, mas também a forma como o sucesso do filme foi tratado. Ele chamou o sucesso de “auto bajulação de militantes radicais da esquerda mundial”. Além disso, o ex-ator também fez duras críticas aos políticos de direita que parabenizaram Fernanda Torres pela vitória. Para Frias, esses políticos são hipócritas, pois estão tentando ganhar reconhecimento da “elite esquerdista brasileira”. Ele ainda foi mais direto, dizendo que esse tipo de atitude é um “falso virtuosismo” e que esses políticos são fracos e medíocres.
Ainda em suas postagens, Frias respondeu ao influenciador Peter Jordan, afirmando que ele estava “na superficialidade das relações humanas”. A provocação não ficou só nas críticas aos colegas políticos e artistas, mas também atingiu a valorização das premiações internacionais, como os Globos de Ouro. O deputado afirmou que esses prêmios “não representam absolutamente nada para a nação”, e que o povo brasileiro clama por “liberdade, dignidade e prosperidade”, ao invés de se importar com esse tipo de reconhecimento.
Para fechar, Frias fez um desabafo bem polêmico, chamando quem vê essas premiações como algo importante de “idiota” e “escravo”. Ele foi enfático ao afirmar que “servilismo não é moderação, é covardia indigna”, deixando claro que não tem paciência para as atitudes que, na opinião dele, buscam agradar a um círculo fechado da “elite artística”.
Como já era de se esperar, as declarações de Mario Frias dividiram bastante a opinião pública nas redes sociais. De um lado, muita gente concordando com ele, achando que realmente existe um afastamento entre a política e o povo, e do outro, muitos discordando, dizendo que ele estava sendo exagerado e agressivo em suas palavras. Essa troca de farpas reacendeu o debate sobre a relação entre política, cultura e o reconhecimento artístico no Brasil, um tema que continua sendo bastante sensível e gerando discussões calorosas.