Tempestades intensas colocam 15 estados em alerta máximo de clima severo

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Fortes chuvas devem atingir pelo menos 15 estados e o Distrito Federal nos próximos dias, de acordo com informações do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). Capitais como Recife, Fortaleza, Teresina e Brasília estão entre as áreas que podem registrar volumes significativos de chuva já nesta quarta-feira, 15. Os temporais, marcados por grandes acumulados em curtos períodos, começaram no final da semana passada e devem persistir até sexta-feira, 17.

Estados mais afetados pelas chuvasO alerta se estende a estados como Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Sergipe, Bahia, Piauí, Maranhão, Ceará, Tocantins, Goiás, além de partes de Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, São Paulo e Espírito Santo. O Distrito Federal também está na lista das regiões sob risco.

Embora algumas áreas possam experimentar chuvas mais localizadas e menos intensas, as tempestades têm gerado preocupação, especialmente nas capitais e no interior. A situação é crítica em Minas Gerais, que já contabiliza 26 mortes causadas pelas chuvas neste início de ano. Mais de 50 municípios mineiros declararam situação de emergência, enfrentando enchentes e deslizamentos de terra.

Em Sergipe, o acumulado de chuvas no último fim de semana ultrapassou a média de janeiro em apenas quatro dias. Para se ter ideia da intensidade, algumas cidades registraram até 120 mm de chuva, enquanto o esperado para o mês inteiro era de 70 mm. Esse cenário levou à morte de três pessoas e ao colapso de uma ponte importante, isolando comunidades inteiras.

Alerta máximo para desastres naturais

O Centro Nacional de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais (Cemaden) emitiu alertas de alto risco para estados como Maranhão, Pernambuco, Bahia, Minas Gerais e Espírito Santo. Nessas regiões, o perigo de alagamentos, deslizamentos de terra e outros desastres associados às fortes chuvas é especialmente alto. Em algumas cidades, a força das águas já desalojou centenas de famílias, que agora dependem de abrigos públicos.

Além disso, o volume de chuvas afeta a infraestrutura urbana, com bloqueios em estradas, interrupção de serviços essenciais e prejuízos econômicos consideráveis. Especialistas apontam que a falta de planejamento urbano agrava os impactos, sobretudo nas áreas mais vulneráveis.

Onda de calor extremo no Sul e Centro-Oeste

Enquanto o centro-norte e o nordeste enfrentam chuvas intensas, o Sul e parte do Centro-Oeste convivem com uma onda de calor extremo. Temperaturas acima de 40°C estão sendo registradas em regiões como o oeste do Rio Grande do Sul e o sul de Mato Grosso do Sul. Esse calor excessivo é influenciado por uma massa de ar quente que também atinge países vizinhos, como Argentina e Paraguai.

De acordo com meteorologistas, embora o calor seja preocupante, ele não deve avançar para outras regiões do Brasil. Ainda assim, os impactos locais incluem aumento no consumo de energia, secas em pequenos reservatórios e maior risco de incêndios florestais.

Prevenção e cuidados

A combinação de extremos climáticos – chuvas intensas de um lado e calor escaldante de outro – reforça a necessidade de medidas de prevenção. Especialistas recomendam que a população siga as orientações das autoridades, evite áreas de risco e fique atenta aos alertas meteorológicos. Em regiões afetadas pelas chuvas, é importante identificar rotas seguras e manter um kit de emergência sempre à mão. Já nas áreas de calor intenso, a hidratação e a proteção contra o sol são fundamentais.

Esses eventos climáticos extremos também evidenciam a urgência de políticas públicas voltadas para o enfrentamento de desastres naturais. Investir em infraestrutura adequada, monitoramento contínuo e ações preventivas é essencial para minimizar os impactos no futuro. Enquanto o clima desafia diferentes regiões do Brasil, a solidariedade e a preparação coletiva tornam-se indispensáveis para enfrentar esses desafios.

 

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